AEE UFC 2013
terça-feira, 8 de setembro de 2015
Síndrome de Down
A trissomia 21, a chamada síndrome de Down, é uma condição
cromossômica causada por um cromossomo extra no par 21. Crianças
e jovens portadores da síndrome têm características físicas
semelhantes e estão sujeitos a algumas doenças. Embora
apresentem deficiências intelectuais e de aprendizado, são
pessoas com personalidade única, que estabelecem boa comunicação
e também são sensíveis e interessantes. Quase sempre o “grau”
de acometimento dos sintomas é inversamente proporcional ao
estímulo dado a essas crianças durante a infância.
Normalmente, os humanos apresentam em suas células 46 cromossomos, que vem em 23 pares. Crianças portadoras da síndrome de Down têm 47 cromossomos, pois têm três cópias do cromossomo 21, ao invés de duas. O que esta cópia extra de cromossomo provocará no organismo varia de acordo com a extensão dessa cópia, da genética familiar da criança, além de fatores ambientais e outras probabilidades.
A síndrome de Down pode ocorrer em todas as raças humanas e efeitos semelhantes já foram encontrados em outras espécies de mamíferos, como chimpanzés e ratos.
Normalmente, os humanos apresentam em suas células 46 cromossomos, que vem em 23 pares. Crianças portadoras da síndrome de Down têm 47 cromossomos, pois têm três cópias do cromossomo 21, ao invés de duas. O que esta cópia extra de cromossomo provocará no organismo varia de acordo com a extensão dessa cópia, da genética familiar da criança, além de fatores ambientais e outras probabilidades.
A síndrome de Down pode ocorrer em todas as raças humanas e efeitos semelhantes já foram encontrados em outras espécies de mamíferos, como chimpanzés e ratos.
Causas
A trissomia 21 é um acidente genético que ocorre no momento
da concepção em 95% dos casos. Com o avanço da idade materna
existe uma maior probabilidade de gestar um bebê com alterações
cromossômicas como a Síndrome de Down, principalmente acima dos
35 anos de idade. Isso acontece pois os folículos que darão
origem aos óvulos da mulher já nasce com elas, e células mais
velhas tem maiores chances de terem erros durante seu processo de
divisão, o que pode causar a presença de um cromossomo a mais
ou a menos nos óvulos.
Uma grávida de 30 anos tem 1 em 1.000 chance de ter um bebê Down. Aos 35 anos, as chances são de 1 em 400. Aos 40, 1 em 100, e aos 45 as chances são de 1 em 30. No entanto, mulheres com menos de 35 anos também podem gestar uma criança com síndrome de Down.
Uma grávida de 30 anos tem 1 em 1.000 chance de ter um bebê Down. Aos 35 anos, as chances são de 1 em 400. Aos 40, 1 em 100, e aos 45 as chances são de 1 em 30. No entanto, mulheres com menos de 35 anos também podem gestar uma criança com síndrome de Down.
Existe limite para pessoas com
Síndrome de Down?
Sintomas
de Síndrome de Down
Crianças com a síndrome de Down têm deficiências
intelectuais e algumas características físicas específicas.
Elas têm olhos amendoados, devido às pregas nas pálpebras e em
geral são menores em tamanho. As mãos apresentam uma única
prega na palma, em vez de duas. Os membros são mais curtos, o
tônus muscular é mais fraco e a língua é protrusa, maior do
que o normal.
Problemas de saúde e de aprendizado podem ocorrer, mas estes variam de criança para criança. Cada portador da síndrome de Down é único, os sintomas e sinais podem ser de moderados a severos.
Pessoas com síndrome de Down tem maior risco sofrer com
alguns problemas de saúde, como:
Problemas de saúde e de aprendizado podem ocorrer, mas estes variam de criança para criança. Cada portador da síndrome de Down é único, os sintomas e sinais podem ser de moderados a severos.
- Problemas cardíacos congênitos
- Problemas respiratórios
- Otites recorrentes
- Disfunções da tireoide, daí o fato de serem propensas
ao sobrepeso.
Diagnóstico de Síndrome de Down
Atualmente existem testes genéticos que podem identificar a
possibilidade de que o bebê tenha a síndrome de Down a partir
da nona semana de gravidez. Coleta-se uma amostra de sangue
materno do qual são retirados fragmentos de DNA fetal. O teste
rastreia o DNA do bebê para procurar problemas cromossômicos
específicos. Os resultados são bastante confiáveis – 99,99%
de acerto, já comprovados em estudos clínicos.
Depois do nascimento, o diagnóstico clínico é comprovado pelo exame do cariótipo (estudo dos cromossomos), que também ajuda a determinar o risco de recorrência da alteração em outros filhos do casal.
Saiba mais
Outros dois testes estão disponíveis para checar os cromossomos dos bebês. Um é o teste do Vilo Coriônico (CVS), que pode ser realizado entre a 10ª. e a 12ª semana de gravidez. Outro é o teste de aminiocentese, que pode ser feito a partir da 15ª semana de gravidez. Ambos os testes geram um risco para o bebê, pois se tratam de um procedimento invasivo.Depois do nascimento, o diagnóstico clínico é comprovado pelo exame do cariótipo (estudo dos cromossomos), que também ajuda a determinar o risco de recorrência da alteração em outros filhos do casal.
Tratamento e Cuidados
Tratamento de Síndrome de Down
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O fator mais importante para garantir o bom desenvolvimento e convívio social da criança com síndrome de Down é o bom ambiente familiar. Pais atentos e bem informados, capazes de intervir desde cedo nos processos de aprendizagem, nas práticas vocacionais, servindo-se da colaboração de profissionais especializados quando necessário. O empenho individual dos pais, professores e terapeutas pode produzir resultados positivos surpreendentes.
Ao final das contas, os cuidados com a criança com síndrome de Down não são radicalmente diferentes daqueles que são prestados às crianças sem a síndrome. É o mesmo carinhoso processo de ajudar a crescer, estimular a independência, acompanhar o aprendizado, cuidar do viver diário com carinho e amor, de forma natural e espontânea, aceitando e respeitando as limitações individuais.
Complicações possíveis
- Obstrução das vias respiratórias durante o sono
- Trauma por compressão da medula espinhal
- Endocardite
- Problemas oculares
- Frequentes infecções auditivas e maior risco de outras infecções
- Perda da audição
- Problemas cardíacos
- Obstrução gastrointestinal
- Fraqueza dos ossos da parte superior do pescoço.
Prevenção
Cerca de 1 em 800 bebês nascem com a síndrome de Down. Na
maioria dos casos, a síndrome acontece por acaso, é um acidente
genético, portanto é difícil prevenir o problema. Não há
culpados e não há nada que se possa fazer, antes ou durante a
gravidez, que possa causar ou prevenir a síndrome de Down.
Atualmente, através da fertilização in vitro (FIV) pode-se escolher embriões livres da doença, o processo é chamado de diagnóstico genético pré-implantacional (PGD). Casais que se submetem a FIV tem essa opção preventiva na qual já são transferidos para o útero materno embriões sabidamente normais.
Atualmente, através da fertilização in vitro (FIV) pode-se escolher embriões livres da doença, o processo é chamado de diagnóstico genético pré-implantacional (PGD). Casais que se submetem a FIV tem essa opção preventiva na qual já são transferidos para o útero materno embriões sabidamente normais.
Fontes e referências
- Ciro Martinhago, geneticista diretor do departamento de genética médica do SalomãoZoppi Diagnósticos e diretor da Chromossome Medicina Genômica - CRM SP 102030
pesquisa realizada pela professora da SRM/AEE
*AÇÃO SOLIDÁRIA SRM/AEE AMÁLIA XAVIER
Amália XavieremE.E.F.M. AMÁLIA XAVIER - Há uma semana
domingo, 29 de junho de 2014
REFLETINDO O FAZER DO AEE E AS RELAÇÕES COM O TEXTO "O MODELO DOS MODELOS" DO AUTOR ITÁLO CALVINO
REFLETINDO O FAZER DO AEE E AS RELAÇÕES COM O TEXTO "O MODELO DOS MODELOS" DO AUTOR ITÁLO CALVINO
O texto nos leva a
repensar sobre a nossa prática pedagógica enquanto professor do
AEE. Assim, segundo Palomar mentalizar desafios e propor regras para
construir um modelo perfeito e possível, o nosso trabalho também
exige que tenhamos como base para o seu desenvolvimento sistematizar
metas e objetivos, verificando constantemente se elas se adaptam a
realidade tanto do aluno como também do ambiente em que ele
está inserido, estabelecendo regras e respeitando a
individualidade pois cada ser é único com qualidades e
potencialidades a serem percebidas pela sociedade. Mas se por um
instante deixarmos de acreditar que o nosso aluno é desprovido de
habilidades, por mais tentativas de desenvolver um aprendizado
significativo, o resultado final será fragmentado.
Seguindo Palomar que
foi aos pouco modificando seu modelo de perfeição, associamos esse
pensamento as constantes alterações que devemos realizar no sentido
de melhorar ou adaptar recursos que favoreça a inclusão do
educando, valorizando suas competências que para isso faz-se
necessário construirmos um modelo de trabalho partindo da
identificação do indivíduo, do contexto em que está inserido, com
flexibilidade e observando as mudanças caso seja necessário.
Nesse contexto há
grande semelhança entre o texto e a realidade do AEE, onde temos uma
função que exige transformações diariamente que se inicia na
família, se estendendo a escola e em especial ao próprio aluno
quando construímos o seu perfil, identificamos comprometimentos e
elaboramos ações estratégicas que atendam tais dificuldades
através do plano de AEE, procedimentos necessários para melhorar o
processo de aprendizagem do aluno em seu percurso escolar.
Analisando ainda as
ideias principais do texto “o modelo dos modelos almejado por
Palomar deverá servir para obter modelos transparentes”, assim
como deve ser o plano de ação executado pelo AEE embora sabemos que
não é só o plano que vai extrair resultados satisfatórios, mas é
o principal ponto de partida onde associamos prática, teoria e
experiência para obter resultados desejáveis. Sempre visando
que o aluno adquira autonomia e possa ter respeitado o direito ao
exercício de sua cidadania.
“Deficiência é não
enxergar nas pessoas, as verdadeiras eficiências.”
Ronne Paulo de
Magalhães.
segunda-feira, 2 de junho de 2014
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA-TEA ESTRATÉGIAS E RECURSOS DE BAIXA TECNOLOGIA
TRANSTORNO DO ESPECTRO
AUTISTA - TEA
ESTRATÉGIAS E RECURSOS
DE BAIXA TECNOLOGIA
Autora: Joana D'arc de
Sousa Santos
Turma: TO8a
Juazeiro do Norte-CE
Tutora: Joana D'arc
Dantas
As estratégias e
recursos de baixa tecnologia tem o intuito de apoiar os alunos com
(TEA) no desenvolvimento de habilidades comunicativas e na sua
interação social. Estes recursos poderão ser utilizados em vários
ambientes, como: sala de AEE, sala de informática , sala de aula
comum, ou até mesmo em sua casa.
RECURSOS DE BAIXA
TECNOLOGIA
-PRANCHA DE
COMUNICAÇÃO- As pranchas de comunicação podem ser construídas
utilizando-se os objetos ou símbolos, letras, sílabas, palavras,
frases ou números. As mesmas são personalizadas e devem considerar
as possibilidades cognitivas, visuais e motoras de seus usuários.
-EYE-GAZE- São pranchas de apontar com os olhos que podem ser dispostas sobre a mesa ou apoiada em um suporte de acrílico ou plástico colocada no avental.
-AVENTAL- é um avental
confeccionado em tecido que facilita a fixação de símbolos ou
letras com velcro, que é utilizado pelo parceiro. No seu avental o
parceiro de comunicação prende as letras ou as palavras e a criança
responde através do olhar.
-COMUNICADOR EM FORMA
DE RELÓGIO- O comunicador é um recurso que possibilita o indivíduo
dar respostas com autonomia, mesmo quando ele apresenta uma
dificuldade motora severa. Seu principio é semelhante a de um
relógio, só que é a pessoa quem comanda o movimento do ponteiro
apertando o acionador.
A CA área da
tecnologia assistiva que destina-se a pessoas sem fala ou sem escrita
funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua
habilidade de falar e/ou escrever, pode acontecer sem auxílios
externos e, neste caso,ela valoriza à expressão do sujeito, a
partir de outros canais de comunicação diferentes da fala: gestos,
sons, expressões faciais e corporais podem ser utilizados e
identificados socialmente para manifestar desejos, necessidades,
opiniões, posicionamentos, como: sim, não, olá, tchau,
banheiro,estou bem, sinto dor, quero(determinada coisa)para a qual
aponta, estou com fome e outros conteúdos de comunicação
necessária na vida diária. Tem o objetivo de oportunizar o usuário
a ampliação do repertório comunicativo, que envolve habilidades de
expressão e compreensão. Podemos ainda, confeccionar cartões de
comunicação, pranchas de palavras,usar vocalizadores, ou o próprio
computador que por meio de software específicos , poderá tornar-se
uma ferramenta poderosa de voz e comunicação. Os recursos devem ser
construídos de forma personalizada levando em consideração as
características que atendam as necessidades deste indivíduo.
Contrariando algumas crenças que afirmam que em função do estereótipo, algumas crianças com autismo não são capazes de se comunicar, Molini (2001) identificou, em seus estudos, a presença da
intenção comunicativa, mesmo que essa possa ocorrer através de uma forma alternativa de comunicação. O autor ressalta que a mediação e a imitação vocal foram os aspectos mais ausentes em suas observações. O mesmo foi evidenciado na pesquisa de pessoas com autismo realizada por Passerino (2005), a qual procurou compreender a interação social dos sujeitos em AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem) a partir da análise da intencionalidade de comunicação.
intenção comunicativa, mesmo que essa possa ocorrer através de uma forma alternativa de comunicação. O autor ressalta que a mediação e a imitação vocal foram os aspectos mais ausentes em suas observações. O mesmo foi evidenciado na pesquisa de pessoas com autismo realizada por Passerino (2005), a qual procurou compreender a interação social dos sujeitos em AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem) a partir da análise da intencionalidade de comunicação.
REFERENCIAL
MOLINI, D. R. Verificação de diferentes modelos de coleta de dados dos aspectos
sociocognitivos na terapia fonoaudiológica de crianças com distúrbios psiquiátricos.
2001. 230f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Universidade de São Paulo, São Paulo,
2001.
MUNRO, N. (org) Cual es la diferencia entre autismo de alto funcionamiento y El
síndrome de asperger? Disponível em http://www.oneworld.org/autims_uk/faqs/qhfa.html.
Traduzido por Wanda Medina, agosto de 1999
NATIONAL AUTISTIC SOCIETY. Disponível em: <http://www.nas.org.uk/>. Acesso em: mar.
2009.
PASSERINO, L. Pessoas com Autismo em Ambientes Digitais de Aprendizagem:
estudo dos processos de Interação Social e Mediação. Tese (Doutorado em Informática
na Educação) – UFRGS – Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação. Porto
Alegre, 2005.
PAULA CS, RIBEIRO SH, FOMBONNE E, MERCADANTE MT. Brief report: prevalence of
pervasive developmental disorder in Brazil: a pilot study. J Autism Dev Disord (Journal of
autism and developmental disorders). Springer Netherlands, v. 41. p. 1738-42. Dec. 2011.
PEETERS, T. Autism: From Theoretical Understanding to Educational Intervention. Whurr
Publishers, 1998.
PHILIPS, W., BARON-COHEN, S. & RUTTER, M. Development and Psycho. pathology, 4,
1992, p.375-383.
SCHULER , A. and PRIZANT , B. Echolalia. In E. Schopler and G. Mesibov, editors,
Communication problems in autism, p. 163–184. Plenum, New York, 1989.
SIGMAN, M. e CAPPS, L. Niños y Niñas autistas. Série Bruner. Madrid: Morata, 2000.
TOMASELLO, M. Origens culturais da aquisição do conhecimento humano. São Paulo:
Martins Fontes, 2003.
WING, L. El Autismo en niños y adultos: Una guía para la família. Buenos Aires. Argentina:
Paidós, 1998.
sociocognitivos na terapia fonoaudiológica de crianças com distúrbios psiquiátricos.
2001. 230f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Universidade de São Paulo, São Paulo,
2001.
MUNRO, N. (org) Cual es la diferencia entre autismo de alto funcionamiento y El
síndrome de asperger? Disponível em http://www.oneworld.org/autims_uk/faqs/qhfa.html.
Traduzido por Wanda Medina, agosto de 1999
NATIONAL AUTISTIC SOCIETY. Disponível em: <http://www.nas.org.uk/>. Acesso em: mar.
2009.
PASSERINO, L. Pessoas com Autismo em Ambientes Digitais de Aprendizagem:
estudo dos processos de Interação Social e Mediação. Tese (Doutorado em Informática
na Educação) – UFRGS – Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação. Porto
Alegre, 2005.
PAULA CS, RIBEIRO SH, FOMBONNE E, MERCADANTE MT. Brief report: prevalence of
pervasive developmental disorder in Brazil: a pilot study. J Autism Dev Disord (Journal of
autism and developmental disorders). Springer Netherlands, v. 41. p. 1738-42. Dec. 2011.
PEETERS, T. Autism: From Theoretical Understanding to Educational Intervention. Whurr
Publishers, 1998.
PHILIPS, W., BARON-COHEN, S. & RUTTER, M. Development and Psycho. pathology, 4,
1992, p.375-383.
SCHULER , A. and PRIZANT , B. Echolalia. In E. Schopler and G. Mesibov, editors,
Communication problems in autism, p. 163–184. Plenum, New York, 1989.
SIGMAN, M. e CAPPS, L. Niños y Niñas autistas. Série Bruner. Madrid: Morata, 2000.
TOMASELLO, M. Origens culturais da aquisição do conhecimento humano. São Paulo:
Martins Fontes, 2003.
WING, L. El Autismo en niños y adultos: Una guía para la família. Buenos Aires. Argentina:
Paidós, 1998.
sexta-feira, 18 de abril de 2014
AEE
deficiência múltipla e surdocegueira
Joana
D'arc de Sousa Santos.
TO8a Juazeiro do Norte-Ce.
TUTORA:
Joana D'arc Dantas
A
Pessoa Surdocega apresenta ao mesmo tempo perda da visão e da
audição independente do grau das perdas sensoriais. A
surdocegueira pode ser congênita ou adquirida, a deficiência é
dividida em quatro categorias: pessoas que eram surdas e ficaram
cegas,pessoas que eram cegas e se tornaram surdas ,que se tornaram
surdocegos, ou se se tornaram surdocegos antes de terem aprendido
alguma linguagem.
As
pessoas surdocegos demonstram dificuldades em observar,compreender e
imitar o comportamento de membros da família ou de outros que
entram em contato, devido à combinação das perdas visuais e
auditivas. É importante esclarecermos que as pessoas com
surdocegueira não são classificadas como múltiplas, pois quando
elas têm oportunidades interagem com o meio e com as pessoas
adequadamente.
Já
as pessoas com deficiência múltipla tem mais de uma deficiência
associada. È uma condição heterogênea que identifica diferentes
grupos de pessoas, demonstrando associações diversas de
deficiências que afetam diretamente o funcionamento individual e o
relacionamento social.
Segundo
Orelove e Sobsey (2000) as pessoas com deficiência múltipla são
indivíduos com comprometimentos acentuados no domínio cognitivo,
associados a comprometimentos no domínio motor ou no domínio
sensorial ( visão ou audição) e que requerem apoio permanente,
podendo ainda necessitar de cuidados de saúde específicos.
Considera-se
como necessidades básicas das pessoas com surdocegueira e com DMU:
1 -
O desenvolvimento da imagem corporal, conceito corporal e consciência
sensorial;
2-
A boa adequação postural e a harmonia dos movimentos;
3-
A autonomia em deslocamentos e movimentos;
4-
O aperfeiçoamento das coordenações: viso-motora, motora global e
fina;
5-
O desenvolvimento da força muscular;
6-
Aprender a usar as duas mãos, os que não possuem graves problemas
motores, para minimizar as eventuais estereotipias motoras e
desenvolver um sistema estruturado de comunicação;
7-
Constante interação com o meio ambiente;
8- Aquisição da
linguagem estruturada no registro simbólico, verbal, gestual, outros
registros.
Segundo
Gense e Gense (2004) e Giacomini (2005), as necessidades que a pessoa
com surdocegueira e com deficiência múltipla ( sensorial e motora )
tem de aprender e de utilizar as técnicas de orientação e
mobilidade estão relacionadas a três aspectos – vínculo,
segurança e comunicação, que antecedem as próprias técnicas.
A
demais, todos os recursos de comunicação precisam ser adaptados as
especificidades das pessoas Surdocegas e com DMU sensorial. No caso
do surdocego, o sentido do tato é a via mais promissora no
desenvolvimento da linguagem, da comunicação receptiva e
expressiva. “E o que é comunicação? É a troca de informação
entre duas ou mais pessoas. (Maia, 2008), Nunes (2002) discorre sobre
as consequências que podem ocorrer da falta de uma comunicação, a
exemplo de dificuldades comportamentais e hiperatividade,
comportamentos obsessivos, agressividade e auto-agressão,
estereotipias, auto – estimulação, distúrbios de atenção, e
outros.
Pode-se utilizar
vários recursos na comunicação tanto para a surdocegueira
como para a DMU, entre os quais: gestos, símbolos tangíveis;
leitura tátil da vibrações produzidas durante a emissão verbal
(Tadoma); sistema Braillee; alfabeto dactilológico; objetos de
referências para atividades e situações da vida diária e
aprendizagem; calendários de antecipação / comunicação / tempo /
apoio emocional; escrita ampliada; recursos da comunicação
alternativa e aumentativa; sistemas pictográfico de comunicação.
Ambas as deficiências requer estratégias planejadas sistemáticas,
em um ambiente reativo de respostas as iniciativas de comunicação
pré-simbólica ou simbólica desses indivíduos, desenvolvendo as
atividades dentro de um contexto de aprendizagem construtivo –
ecológico - responsivo para o estabelecimento de uma comunicação.
É
Importante destacar que “..., todo trabalho com o aluno com DMU e
com surdocegueira implica em constante interação com o meio
ambiente. Este processo interacional é prejudicado quando as
informações sensoriais e a organização do esquema corporal são
deficitárias” (UFC – MEC, 2010 ). No entanto, toda estratégia
utilizada para aquisição da comunicação deve ser focada nas
possibilidades de cada indivíduo com suas particularidades.
___________________________________________
Referências:
BOSCO,
Ismênia C. M. G.; MESQUITA, Sandra R. S. H.; MAIA. Shirley R.
Coletânea UFC – MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da
Inclusão Escolar – Fascículo 05: Surdocegueira e Deficiência
Múltipla.
BLAHA,
Robbie. Calendários – Para Alunos com Múltiplas Deficiência
Incluindo Surdocegueira. Escola Texas para cegos e com baixa visão –
2003. Tradução em 2005 – Projeto Horizonte. Tradução: Marcia
Maurilio Souza. Revisão: Shirley Rodriguês Maia
e Lília Giacimini.
Folheto
FACT3 – COMMUNICATION / Primavera 2005 – Lousiana Department of
Education 1.877.453.2721 State Board of Elementary and Secondary
Education. Tradução: Vula Maria Ikonomidis. Revisão:
Shirley Rodrigues Maia, Junho de 2008.
GIACOMINI,
Lilia et all. Coletânea UFC – MEC/2010: A Educação Especial na
Perspectiva da Inclusão Escolar – Fascículo 07: Orientação e
Mobilidade, Adequação postural e Acessibilidade Espacial.
IKONOMIDIS,
Vula Maria. Apostila sobre “Deficiência Múltipla Sensorial”,
2010 sem publicar.
NASCIMENTO,
Fátima Ali Abdalah Abdel Cader; COSTA, Maria da Piedade Resende.
Descobrindo a Surdocegueira – Educação e Comunicação. EduFSCar,
São Carlos, 2005.
ROWLAND,
Charity; SCHWEIGERT, Philip. Soluções Tangíveis para indivíduos
com Deficiência Múltipla e ou com Surdocegueira. Apostila In mimeo.
Tradução Acess. Revisão: Shirley R. Maia, 2013.
segunda-feira, 17 de março de 2014
AEE_PS_ EDUCAÇÃO ESCOLAR INCLUSIVA PARA PESSOAS COM SURDEZ
EDUCAÇÃO
ESCOLAR INCLUSIVA PARA PESSOAS COM SURDEZ
Aluna:
Joana D'arc de Sousa Santos Turma:T08
Juazeiro
do Norte-Ce
Tutora:
Joana D'arc Dantas
A
Educação Escolar das Pessoas com surdez superou vários
obstáculos, como:o questionamento quanto aos seus limites e
possibilidades, sendo que até hoje nos deparamos com atitudes
preconceituosas da sociedade, a falta de oferta em algumas cidades,
principalmente no interior que não dispõe de intérpretes para
interpretar as aulas na sala de aula comum, pois, este é um direito
do aluno com surdez.
Assim,
milhares de jovens ficam à margem do sistema por não encontrarem
instituições que lhe proporcionem ensino adequado na idade certa,
(Sacks 1990) alerta:
“A
Surdez profunda na infância é mais do que diagnóstico
Médico,
em que padrões sociais, emocionais, linguísticos,
e
intelectuais, assim como seus problemas inextricavelmente
ligados.”
Logo
a dificuldade dos Surdos em adquirir a linguagem nos primeiros anos
de vida reflete em todo o seu desenvolvimento mental, emocional e na
sua interação social.
Nesse
contexto de compreensão é que legitimamos a construção do
Atendimento Educacional Especializado para PS por meio da Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva, que
disponibiliza serviços e recursos. O AEE PS deve ser visto como
construção e reconstrução de experiências e vivencias
conceituais, em que a organização do conteúdo curricular não deve
estar pautada numa visão linear, hierarquizada e fragmentada do
conhecimento. O Atendimento Educacional Especializado, numa visão
complementar, sustenta-se a base do fazer pedagógico desse
atendimento.
Dessa
forma, o AEE PS precisa ser pensado em redes interligadas, sem
hierar-quização de conteúdos, sem dicotomizações, reducionismos;
mas com uma ação conectada entre o pensar e o fazer pedagógico.
Para efetivar o cotidiano escolar do AEE PS, aplicamos a metodologia
vivencial, que leva o aluno a aprender. Essa metodologia é
compreendida como um caminho percorrido pelo professor, para
favorecer as condições essenciais de aprendizagem do aluno com
surdez, numa abordagem bilíngue. O bilínguismo que se propõe é
aquele que destaca a liberdade de o aluno se expressar em uma ou em
outra língua e de participar de um ambiente escolar que desafie seu
pensamento e exercite sua capacidade perceptiva , cognitivas e suas
habilidades para atuar e interagir em um mundo social que é de
todos, considerando o contraditório, o ambíguo, as diferenças
entre pessoas. O objetivo desse atendimento é desenvolver a
competência linguística, bem como textual, nas pessoas com surdez,
para que elas sejam capazes de gerar sequências linguísticas.
Neste sentido, é necessário fazer uma ação-reflexão-ação
permanente sobre este tema, visando à inclusão escolar das pessoas
com surdez tendo em vista o desenvolvimento de suas potencialidades e
habilidades, repensando também o fazer pedagógico da escola
inclusiva, fazendo com que o currículo e as metodologias atendam a
todos os alunos indistintamente.
Em síntese na
escola comum inclusiva onde é ofertado o AEE PS,o trabalho
pedagógico realizado deve ser feito a partir do diagnóstico e do
estudo de caso, pela professora especialista da da SRM/AEE
conjuntamente com os professores de sala e a coordenação
pedagógica, no contra turno, destacando-se três momentos didáticos-
pedagógicos: Momento do Atendimento Especializado EM LIBRAS; Momento
do Atendimento Especializado DE LIBRAS; Momento do Atendimento Especializado EM PORTUGUÊS.Na perspectiva de oportunizar ao aluno
com surdez a aprendizagem necessária para que possa adquirir sua
autonomia.
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